sexta-feira, 23 de julho de 2010

Lava-vacas aumenta produção de leite


Empresa sueca lança novo aparelho no mercado

Uma empresa sueca desenvolveu um aparelho para lavar vacas, semelhante ao utilizado para lavar os veículos automóveis. A novidade promete aumentar a produção de leite, porque de acordo com a empresa melhora a circulação sanguínea do animal e dificulta a disseminação de doenças.
O produto denominado ‘DeLaval’ vendeu 30 mil equipamentos na Suécia e agora ambiciona superar as vendas no Reino Unido, segundo o jornal britânico Daily Mail.
O porta-voz da empresa garante que este serviço deixa as vacas mais felizes, saudáveis e produtivas, de tal modo que pode aumentar a produção de leite em mais de 3,5 por cento.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/lava-vacas-aumenta-producao-de-leite

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estudo: marmotas têm 'vida de luxo' com aquecimento global


Enquanto o aquecimento global é um problema para a maioria das espécies de animais do planeta, a mudança no clima parece ter deixado as marmotas maiores - em função do alimento mais abundante e mais tempo de dias ensolarados - e causou um baby boom (um rápido crescimento da população) desses animais. Contudo, esse conforto pode estar com os dias contados. Segundo os cientistas, o aquecimento pode não ser uma boa notícia para as marmotas em um longo prazo. As informações são do Live Science.
Um recente estudo do Imperial College, de Londres, publicado na Nature, analisou a população da espécie Marmota flaviventris nos últimos 33 anos na região do vale do rio Upper East, no Colorado, Estados Unidos, e indicou que as temperaturas mais quentes dos últimos anos aumentaram a estação de crescimento. As mães marmotas podem desmamar seus filhotes mais cedo e, como consequência estes tem mais tempo para ficar maiores e engordar mais antes da estação de hibernação.
De acordo com o estudo, na primeira metade dos 33 anos de observação, uma fêmea comum adulta pesava em média 3,1 kg. Na segunda metade, a média de peso passou a 3,4 kg. "Para aquele tamanho pequeno, é um grande aumento", diz Arpat Ozgul, que liderou a pesquisa, à reportagem.
Segundo os cientistas, o ganho de peso deixou as marmotas mais fortes e propiciou que estes animais vivessem e se reproduzissem mais, o que levou a uma população maior. Entre 1976 e 2009, o número de marmotas vivendo na área do estudo aumentou de cerca de 50 para mais de 150.
Luxo temporário
Os pesquisadores afirmam que esses animais estão vivando uma "janela" de tranquilidade, uma vida de luxo temporária. O problema é que as marmotas são animais bem adaptados a viver em locais muito frios e úmidos, mas não toleram o estresse causado pelo calor.
Além disso, o aumento na temperatura e as secas de verão mais frequentes na região podem levar à diminuição da comida das marmotas, folhas verdes que necessitam de um clima úmido.
O próprio aumento da população desse animal já pode diminuir a oferta dessas plantas, assim como levar ao crescimento da população dos predadores das marmotas. "Sistemas ecológicos são muito interconectados e uma mudança em um parâmetro afeta muitos outros parâmetros do ambiente", diz Ozgul à reportagem. "O que nós vemos aqui é que o balanço do sistema mudou um pouco e nos próximos anos vai nos mostrar onde isso vai parar".
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4578819-EI8147,00-Estudo+marmotas+tem+vida+de+luxo+com+aquecimento+global.html

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dez dias de cura para o crude


Foto: Hans Derik/Reuters
Um pelicano-castanho toma banho num centro de reabilitação em Fort Jackson

Desde o início do derrame, já foram recolhidas 2802 aves "petroleadas", 1731 das quais já mortas, nos centros de recuperação. João Brandão, 28 anos e a viver em Boston, conhece bem os meandros deste palco de operações. O veterinário português tratou das aves que deram à costa portuguesa, "petroleadas" pelo derrame do Prestige, em Novembro de 2002, ao largo da Galiza.
"Uma ave "petroleada" perde a capacidade de regular a temperatura, pode entrar em hipotermia ou hipertermia", explicou.
João Brandão fez o estágio do curso no Centro de Investigação Internacional para o Resgate de Aves na Califórnia e explica que nos EUA, ao contrário da Europa, existem procedimentos uniformizados para tratar destes animais.
Quando as aves chegam aos centros de recuperação, a primeira coisa a fazer, explica, é avaliar o seu estado de saúde: pesar, tirar a temperatura e verificar a percentagem do corpo com crude. Os animais são mantidos numa zona "suja" durante 48 horas, onde lhes dão alimento e fluidos para fortalecerem e expelirem o crude que ingeriram. Se melhorarem, são lavados - passam por uma série de alguidares com detergente até não haver vestígio de crude na água. Depois é utilizada água com pressão para tirar o detergente. Na última etapa, quando as aves estão secas, colocam-se numa piscina onde se verifica o estado de impermeabilidade das penas. Se tudo correr bem, dez dias chegam para as aves voltarem para a natureza, diz João Brandão.
É fundamental que as aves sejam libertadas longe do derrame. "Na altura do Prestige puseram os animais no estuário do Tejo e do Sado, mas não se controla se eles voltam para a região do derrame."
Este é um processo longo e com custos. "Tem que ser uma gestão de meios, perceber se vale a pena manter cada animal no centro durante tanto tempo", disse o veterinário, que é interno na Universidade de Tufts, Massachusetts (EUA), em medicina de animais exóticos.
Aos centros de recolhimento também chegam tartarugas e mamíferos. Até agora já foram resgatadas 643 tartarugas, 454 mortas e 63 mamíferos, 58 já sem vida.
Mas os trabalhos no golfo do México não se limitam aos animais "petroleados". Existem equipas no terreno a tentar saber mais sobre o impacto desta maré negra no ecossistema. A equipa de Aaron Rice, do Cornell Lab of Ornithology, é uma delas.
Os investigadores, a bordo de um navio da NOAA (Administração Oceanográfica e Atmosférica norte-americana), já estão a lançar às águas do golfo 22 unidades de registo de sons para saber se as duas espécies de baleias que são mais observadas no golfo do México - o cachalote e a baleia-de-bryde - conseguem sobreviver em zonas afectadas pela maré negra e se as suas vocalizações sofreram alterações.
"As unidades estão a ser distribuídas entre 25 e cem quilómetros de distância umas das outras, a profundidades entre os 700 e os mil metros", tanto em zonas afectadas pelo crude como em zonas intactas, explicou o investigador. "As unidades vão registar sons durante 90 dias, e serão levadas para Cornell a fim de serem analisadas. Contamos ter as primeiras conclusões no final de Novembro", adiantou ao P2.
O objectivo do investigador é reunir os dados num relatório técnico para entregar a Governos e decisores políticos a fim de, se for caso disso, reavaliar as práticas actuais.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Zoo de Lagos recebe ave em vias de extinção


A única fêmea da espécie Calaus Rinoceronte existente na Europa foi recentemente transferida do Zoo de Barcelona para o Zoo de Lagos com o objectivo de integrar um programa de reprodução.
Apesar de já estar no Zoo de Lagos há algum tempo, a fêmea terá ainda que esperar uns dias até poder encontrar o macho Calaus Rinoceronte para procriar, e assim assegurar a continuidade da sua espécie.
Através desta iniciativa, o Zoo de Lagos tornou-se o único parque zoológico na Europa a ter um casal de residentes desta espécie.
As aves Calaus Rinoceronte, originárias das florestas húmidas da Malásia, Singapura, Sumatra, Java e Bornéu, têm vindo gradualmente a desaparecer. Entre as causas estão: a destruição da floresta na Indonésia, o comércio ilegal de madeira e uso e terrenos para agricultura, e a caça no Bornéu para alimento e uso de penas por tribos locais.
http://www.veterinaria-actual.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1160&Itemid=1