quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Natal e as ofertas de cães


Com tudo o que o Natal tem de bom, terá também algumas coisas de mau e a mais importante para quem lida com animais são as ofertas de cães nesta época festiva.
Apesar dos avisos que se repetem na imprensa especializada cada vez mais cães são oferecidos no Natal (e quem diz cães diz gatos, coelhos, seres vivos, mas neste artigo vamos referir-nos aos cães que são a espécie que mais sofre com a época natalícia).
É no Natal que começam as preparações dos abandonos de verão. Os pais vêm um cãozinho peludo e brincalhão como um peluche e decidem muitas vezes num impulso oferecê-lo aos seus rebentos. Depois, quando o cão começa a crescer e já não tem a graça do inicio e torna-se um empecilho para as férias da família nada como o abandonar na rua, sendo assim a solução mais fácil e mais prática de resolver o problema, embora sabendo que o abandono animal é punido por lei com coima de pelo menos 500 euros.
Em primeiro lugar, quem tem tempo para um cachorro durante os feriados? Os cachorros não são brinquedos mas sim seres vivos que necessitam muito da atenção. E sobre a sua educação e/ou treino? Os primeiros meses da vida de um cão são cruciais.
Por curioso que pareça, a melhor altura para adquirir um cão seria justamente a das férias grandes e não no inverno quando está frio, as crianças estão na escola e o trabalho aperta...No entanto nas férias as pessoas estão predispostas a sair de casa e a economizar e no Natal todo o ambiente predispõe para gastar dinheiro.
Esta situação tem uma lógica muito simples. Sendo os cães adquiridos através de uma medida de impulso e não de uma escolha ponderada, sem dúvida que o grande problema será se deve ou não ter o cão.
Este Natal não dê um cãozinho aos seus filhos somente porque eles lho vêm a pedir há bastante tempo ou se não equacionou que vai ter de o manter durante cerca de 12 anos, alimentá-lo, levá-lo ao veterinário e fazê-lo feliz.

Se, no entanto, tomar em conta todos os factores de responsabilidade que advêm dessa decisão vá em frente e certifique-se que o animal nunca terá razões de se arrepender de estar consigo.

Vá ao canil intermunicipal em Ossela, adopte um animal de forma gratuita e faça uma boa
acção! Lembre-se que oferecemos a vacinação anti-rábica e a desparasitação interna!


fonte: Adaptado de http://arcadenoe.sapo.pt

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Publicada por Canil Intermunicipal da AMTSM em Canil Intermunicipal da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria a 12/16/2009 09:54:00 AM
http://canilintermunicipaldaamtsm.blogspot.com/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cachorro de estimação sobrevive 98 dias sozinho em ilha


New Jersey, EUA
Um cão da raça Beagle passou 98 dias sozinho em uma ilha de New Jersey, nos Estados Unidos, depois de se perder de seus tutores em um passeio na praia em Manasquan, segundo reportagem da “Fox News”.
“Buddy”, de quatro anos, voltou para casa na segunda-feira (7) depois de ser encontrado pela guarda costeira em uma linha de trem próxima à ilha. “Os guardas disseram que ele estava cavando a areia, provavelmente procurando mariscos ou siris”, contou a tutora, Edith Kelley.
Ela não sabe como o animal de estimação sobreviveu tanto tempo sozinho, mas os guardas a disseram que o “Buddy” pode ter se alimentado de gaivotas encontradas mortas na orla.
Segundo os tutores, o cão, que pesava 15 quilos, voltou para casa com cerca de oito. A família já não tinha mais esperanças de encontrá-lo. “Eu não acreditei, depois de 98 dias. E ele está se comportanto como antes, não voltou selvagem”, disse Edith.
http://www.anda.jor.br/?p=36527

Áustria- ‘Orangotango fotógrafa’ faz sucesso em Viena


As fotos de uma orangotango que vive há três dias no jardim zoológico de Viena estão a fazer sucesso na internet e podem ser consultadas na sua página no facebook.
As imagens tiradas por ‘Nonja’, uma fêmea de 33 anos de idade, já atraíram mais de 20mil fãs para a sua página na internet.
O zoológico diz que teve a ideia de emprestar uma câmara fotográfica a ‘Nonja’ e a outros orangotangos que compartilham a mesma jaula para quebrar a rotina.
‘Nonja’ foi a mais espectacular e tirou diversas fotos com a máquina digital que liberta uma passa por cada foto que tira.
«Claro que os orangotangos não se importam com as fotos que tiram, só sabem que ao premir o botão recebem uma uva seca», afirmou o porta-voz do zoológico Gerhard Kasbauer citado pela Folha Online.
Os milhares de fãs de ‘Nonja’ não se importam com a motivação que está por detrás das fotos - a máquina tem um dispositivo que dá o fruto aos orangotangos quando carregam no botão - pelo que já deixaram centenas de comentários nas imagens de autoria do mamífero.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=156194

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O escritor Mark Twain foi um dos precursores do movimento de defesa animal nos EUA


Literatura consciente
Shelley Fisher Fishkin, professora da Universidade de Stanford, diz que o escritor Mark Twain, nascido nos Estados Unidos, autor de clássicos como As Aventuras de Tom Sawyer (1876), foi o primeiro americano proeminente a dar seu apoio como figura pública ao movimento de defesa dos direitos animais.
Em seu novo livro, Mark Twain’s Book of Animals (tradução livre: O Livro de Animais de Mark Twain), Fishkin examina como o fascínio de Twain por animais, e seu trabalho de defesa por eles, se revela em muitos dos seus trabalhos.
O livro inclui uma ampla coletânea do trabalho de Twain, entre contos, crônicas de viagem e cartas privadas. Também inclui a famosa polêmica que Twain escreveu contra vivissecção que mais tarde foi usada como um manifesto pelos antivivissecionistas mundo afora.
Segundo a autora, no trabalhos incluídos em seu livro “nós vemos o lado mais lúdico e filosófico de Twain, o mais sentimental e sarcástico. Nós o vemos se divertindo e pulsando com raiva”.
Dos animais referenciados por Twain estão os cães, gatos, cavalos e pássaros e também ornitorrinco, martim-pescador e moscas-tsé-tsé. Gatos pareciam ser seus animais favoritos. Ele os admirava por sua independência e pelo fato de que eles eram os únicos animais que conseguiam ludibiar o chicote humano.
Twain se recusava a colocar o humano no ápice da criação. Ao contrário, Twain classificava o ser humano como “o animal mais baixo. O homem é o animal cujo rosto cora de vergonha. Ele é o único que o faz ou tem motivo para o fazer”.
Twain escreve sobre crueldade com animais em vários contextos, criticando por exemplo a insensibilidade na exploração de animais em esporte ou entretenimento. Twain pode ter sido o primeiro americano a chamar atenção para a brutalidade das lutas de galo, que ele descreve em detalhes gráficos.
Ele também expressou desprezo pela caça e escreveu apaixonadamente contra touradas no pequeno romance A Horse’s Tale (Estória de um Cavalo). Ele também escreveu um perfil do fundador da ASPCA, Henry Bergh, um ano após a fundação da organização, no qual ele testemunhou e relatou o protesto que Bergh fez contra o gerente de um teatro sobre o modo como o animal era tratado em uma peça.
Mas de todas as formas de crueldade animal contra as quais Twain se manifestou, foi contra a vivissecção que ele teve mais impacto e pela qual ele é lembrado em seu ativismo pelos animais.
http://www.anda.jor.br/?p=35465

Fotos sem comentários.......



http://www.funpic.hu

Macacos imunes à SIDA podem ser chave da cura


Duas espécies de símios africanos, o macaco verde e o mangabei cinzento, são capazes de controlar a resposta do seu organismo ao vírus de imunodeficiência, evitando o desenvolvimento da sida. Os símios estão na origem dos vírus VIH e VIH2. Agora, estas duas espécies estão a dar novas pistas que poderão conduzir os cientistas a um possível tratamento.
Dois estudos conduzidos em espécies de macacos portadores do VIS - vírus de imunodeficiência dos símios -, que nunca chegam a sofrer de sida, abrem novas perspectivas para o tratamento e eventual cura da doença em humanos, revela a edição deste mês do Journal of Clinical Investigation.
A investigação, intitula- da Penn Study, foi conduzida em duas espécies originárias de África - o macaco-verde africano (Chlorocebus aethi- ops) e o mangabei-cinzento (Cercocebus atys) - consideradas "reservatórios naturais" do VIS. Este último é, aliás, apontado como o provável hospedeiro original do que viria a ser o vírus de imunodeficiência humana de tipo 2 (VIH2).
Os estudos foram conduzidos por investigadores norte--americanos, que analisaram o mangabei; e por uma equipa do Instituto Pasteur, de paris, que se encarregou do macaco-verde. E as conclusões foram no mesmo sentido: ambas as espécies desenvolvem uma resposta imune inata à doença. Mas esta resposta - ao contrário do que sucede com outras espécies de símios e com o ser humano, no caso do VIH - é rapidamente controlada, impedindo-se a fragilização das "defesas" do organismo que conduzem à síndroma de imunodeficiência adquirida (sida).
Entre os humanos - é recordado numa apresentação da componente francesa do estudo publicado no site VIH.Org - "O VIH induz muito rapidamente uma inflamação e uma activação crónica e generalizada das células de imunidade que conduzem a disfunções graves no nosso sistema de defesas."
Mas estas duas espécies de macacos - quando comparadas com outros símios, como o Rhesus, nos quais a evolução do vírus é semelhante à humana - revelam uma capacidade muito superior para controlar as suas próprias defesas.
"Os mangabeys são capazes de rapidamente 'desligar' a resposta imunitária depois da infecção inicial com SIV, permanecendo saudáveis", disse Steven E. Bosinger, primeiro autor do estudo conduzido nos EUA citado pelo site da Internet Science Daily.
Desde meados da década de 90, a melhoria radical da qualidade da medicação, sobretudo dos antiretrovirais, permitiu baixar radicalmente os doentes com sida e as mortes. Porém, em 2006 havia quase 40 milhões de infectados com VIH no mundo, mais de metade dos quais na África subsariana, onde o escasso acesso a medicamentos continua a ditar muitas mortes anuais.
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1440779

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Em estudo sistema para evitar electrocussão de cegonhas

Investigadores da Universidade de Coimbra estão a experimentar, no Baixo Mondego, um sistema para desencorajar as cegonhas da nidificação em infra-estruturas eléctricas de média tensão que causam frequentemente a sua morte.
O sistema baseia-se numa tecnologia de origem norte-americana "adaptada para o efeito" pela equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), disse hoje à agência Lusa o catedrático Vítor Madeira. "O equipamento foi adaptado pelo Instituto de Sistemas e Robótica e passou a ter controle remoto", acrescentou o docente.
Em comunicado, a FCTUC explica que o sistema "recorre a frequências sonoras audíveis (sons de aves) e sinais ultrassónicos (sons incomodativos para as aves, afastando-as), em sequência e tempos de intervalo aleatórios".
"A partir de gravações de sons naturais de diversas espécies de aves, entre as quais, pombos, falcões, estorninhos e gaivotas, o dispositivo emite alarmes em linguagem perceptível pelas aves. O sistema é monitorizado, remotamente e em tempo real, para efectuar alterações nos parâmetros funcionais, caso seja necessário", adianta a nota.
O projecto está a ser desenvolvido enquanto experiência-piloto em dois locais do Baixo Mondego, arredores de Coimbra.
A equipa planeia estender a experiência a outras zonas do país, devendo "instalar mais dez unidades em 2010", referiu Vítor Madeira.
"Numa fase posterior, o equipamento irá funcionar automaticamente, através da detecção das aves, por aproximação, sendo a imagem captada pelas câmaras instaladas nos apoios considerados como locais piloto", revelam os investigadores.
Financiado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), o projecto, designado STORK - Sistema de Protecção para Avifauna - Cegonhas, foi encomendado pela Energias de Portugal (EDP).
O objectivo é desenvolver e experimentar, em linhas eléctricas aéreas de média tensão, "um sistema não invasivo para evitar a electrocussão da cegonha branca e garantir o bem-estar da espécie".
A aposta nesta tecnologia visa ainda "minimizar as consequentes interrupções na distribuição de energia eléctrica às populações.
O projecto envolve investigadores do Departamento de Ciências da Vida e do Instituto de Sistemas e Robótica da FCTUC
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1434933&seccao=Tecnologia

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Amor de tubarão

Basicamente, o que se passou foi o seguinte:
Nas águas onde costumava pescar, um pescador profissional encontrou um tubarão branco, fêmea, de 5 metros, à beira da morte...
Ela estava presa num emaranhado de redes velhas e incapacitada de sair dessa armadilha...
O pescador (com uma grande coragem, diga-se de passagem) decidiu salvar esta enorme fera, desprendendo-a com a ajuda do seu barco e devolvendo-a à liberdade.
Só que a história não ficou por aí; agora a tubaroa vê o pescador como um "amigo" e segue-o para todos os lados.
Como podem ver nas fotos, ela até faz festinhas...
O pior é que o pescador desde que fez esta nova amiga não consegue pescar mais nada...
Pudera! Com uma delicada companhia como esta, os peixes, como é fácil imaginar, devem ficar bem longe...

http://www.slideshare.net/silasco/amor-de-tubarao

Cão a jogar bilhar

Palavras para quê.......

http://sorisomail.com/lerc.swf?ler=kzsmbpjtgu&vde=http://goldgeneration.net/forum/showthread.php%3ft=19344

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Cadela que dança...«Salsa»

Quem quiser ver esta maravilhosa dançarina.....



http://tube.aeiou.pt/dog-dancing-salsa/

AMIGOS PARA SEMPRE




Depois de perder os pais. esse orangotango de três anos de idade estava tão deprimido que se recusava a comer e não respondia muito bem aos tratamentos e remédios. Os veterinários achavam que ele iria se entregar à morte. O velho cão foi encontrado perdido nos arredores do zoológico, e quando levado para dentro da sala de tratamento, se encontrou com o orangotango, e os dois se tornaram amigos inseparáveis desde então.
O orangotango encontrou uma nova razão para viver e se esforça ao máximo para fazer seu novo amigo acompanhá-lo em suas atividades.
Eles vivem no norte da California e a natação é o esporte favorito de ambos, embora Roscoe (o orangotango) ainda tenha um pouco de medo da água e precise da ajuda do amigo para atravessar a nado.
Eles passam o tempo todo juntos e podemos ver, pelos sorrisos e risadas, o quanto são felizes.
Juntos descobriram o lado engraçado da vida e o valor da amizade.
Encontraram mais do que um ombro amigo para debruçar...


E viva a AMIZADE!!!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

LIVROS COM BICHOS (4)


“A MARAVILHOSA VIAGEM DE NILS HOLGERSSON ATRAVÉS DA SUÉCIA”

Este extraordinário livro foi escrito pela sueca Selma Lagerlof, a primeira mulher a receber o Nobel da Literatura, em 1909. E é uma maravilha, a viagem e o livro. Eis o sumário do GOOGLE:
“Nils, um menino preguiçoso e desobediente que se diverte em maltratar os animais, num domingo em que os pais haviam ido à igreja, aprisiona um duende e, como castigo, é transformado também em duende. Ao subir nas costas de Mårten, um dos gansos de sua propriedade, a ave resolve, num impulso, seguir os gansos selvagens na Primavera, e Nils segue viagem com eles. Inicialmente assustado, depois mais confiante, atravessa a Suécia nas costas do ganso, participando de várias aventuras no mundo dos animais. Entre essas aventuras conhece os lapões, quase salva uma cidade que só aparece a cada cem anos, e se torna amigo de vários animais. Sete meses depois, tendo aprendido muito e se tornado uma pessoa melhor, volta à casa de seus pais e à forma humana novamente, mostrando aos poucos que é capaz de sacrificar a própria felicidade à dos outros.”

São deliciosamente simples e por isso comoventes as palavras que trocam entre si.
Um livro para se ler de cinco em cinco anos.
Ed. Relógio d’Água

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cães aposentados







Vejam que trabalho maravilhoso fazem no Japão com os cães que trabalharam ajudando pessoas!
Todos os animais são merecedores de carinho especial, principalmente na velhice...
É o mínimo que eles merecem depois de ajudarem deficientes durante uma vida toda!!!
Não ao abandono! Adote!
Japão mantém um centro para cuidar dos cães aposentados, aberto no final da década de 1970.

Cão aposentado Rick deitado no asilo para-cães guia em Sapporo, no Japão;(Foto 1) Rick, que tem 16 anos, está imóvel. Muitos dos cães-guia se aposentam por volta de 12anos de idade por perderem suas habilidades físicas;(Foto 2)

Cão-guia dá uma voltinha no asilo (2/02/2009);(Foto 3)
Funcionária cuida de Rick, cão idoso; cerca de 200 cães-guia já passaram pelo local desde que a associação de proteção a estes animais abriu o asilo(2/02/2009).
O asilo funciona em Sapporo e foi criado por uma associação que cuida dos cães-guia;(Foto 4 e 5)
Mulher reza em frente à tumba de um dos cães que já passaram pelo asilo (2/03/2009;(Foto 6)

Parabéns, Japão!!!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Projecto de recolha do genoma de 10 mil espécies


A forma como o leopardo adquiriu as manchas que o caracterizam é uma das questões de partida dos cientistas


Cientistas pretendem descobrir origens dos vertebrados
Um consórcio de cientistas está a criar uma versão moderna da ‘Arca de Noé’, que pretende preservar e sequenciar o ADN de 10 mil espécies de animais vertebrados.
O projecto, denominado ‘Genome 10K Project’, requer 34 milhões de euros, e tem como objectivo analisar a história da evolução dos seres humanos e dos seus parentes biológicos.
“Entender a evolução dos animais vertebrados é uma das metas primordiais dos ‘detectives’ da ciência”, salientou David Haussler, investigador do Instituto Médico Howard Hughes da Universidade da Califórnia e um dos directores do projecto.
De acordo com a equipa de cientistas, a forma como o elefante conseguiu a tromba ou como o leopardo adquiriu as manchas que o caracterizam são algumas das questões iniciais do estudo que recebe a colaboração de geneticistas, ecologistas, paleontólogos e membros de várias universidades e museus de todo o Mundo.

ALTERAÇÕES GENÉTICAS

Todos os vertebrados descendem de uma só espécie marinha que viveu há 500 milhões de anos. Os paleontólogos não sabem, ainda, muito sobre esta espécie mas, tal como os seus descendentes, apresentavam músculos segmentados e um sofisticado sistema imunitário inato.
Com o passar dos anos ocorreram surpreendentes inovações, como as múltiplas cavidades coronárias, ossos, dentes, um esqueleto interno, e uma espécie de primatas, o Homo Sapiens, que conseguiu produzir uma linguagem sofisticada, cultura e tecnologia.
Ao sequenciar o ADN de 10 mil vertebrados – uma sexta parte das 60 mil espécies que se calcula existirem actualmente no nosso planeta – os biólogos serão capazes de reconstituir as alterações genéticas que deram lugar a esta assombrosa biodiversidade.
Algumas amostras do nosso ADN são muito semelhantes às de outros vertebrados, o que comprova a eventual descendência de um antepassado comum.
“Podemos entender a função dos elementos do genoma humano, verificando que partes do mesmo sofreram modificações e quais se mantiveram”, explicou Haussler.
Para a planificação do ‘Genome 10K Project’, o grupo de investigadores utilizou como ponto de partida o modelo do Projecto do Genoma Humano.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=8FB7D69B-563E-48E3-A448-75E849699895&channelid=00000219-0000-0000-0000-000000000219

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

LIVROS COM BICHOS (3)


“O PAPAGAIO CHINÊS”, de Earl Derr Biggers (Ed. Livros do Brasil)

Desta vez é um papagaio, o Tony, que se mete ao barulho e que, por isso, morre assassinado. A propósito, diz o grande, sublime e mundialmente conhecido e respeitado detective Charlie Chan, “Se Tony não tivesse gritado nas trevas, onde estaria o colar a estas horas?.... Tony morreu, mas a sua vida teve uma utilidade exemplar.”

Segundo o autor, os papagaios só têm capacidade de memorização e de repetição. Não têm capacidade de raciocínio ou seja, inteligência.

Discordamos do senhor Biggers. E exemplificamos a nossa discordância com uma estorinha verídica.

Há uns anos largos, havia uma “República” em Nampula, a Norte de Moçambique, onde na quina da larga varanda habitava um papagaio chamado Joquinha. Todo o mundo conhecia o Joquinha pela sua simpatia e também pelas intrigas e complicações que arranjava com as namoradas dos habitantes da “República”: trocava-lhes o nome e arranjava maneira de elas desconfiarem da fidelidade dos seus apaixonados.

Mas a estorinha é outra e passa-se com o médico que todos os dias passava pelo Joquinha e tirando o chapéu lhe dava a saudação: “Bom dia, Joquinha!” e o papagaio também respondia com igual educação: “Bom dia, doutor.” Mas um dia o médico vinha completamente distraído com os seus problemas e nem viu o papagaio que o repreendeu com vigor desusado “Bom diiiiaaaa!!!”

Ao que o médico, dando pela falta e, educado como sempre, respondeu atrapalhado, tirando o chapéu, “Bom dia, Joquinha”. Ao que o papagaio respondeu imediatamente com indignação: “Vai à merda!” e, para demonstrar ao pobre doutor que estava mesmo magoado com ele, durante uns dias não lhe respondeu à saudação.

O facto é verídico e ainda pode ser revivido por alguns antigos habitantes da “República”.

Foto Papagaio planetabird.files.wordpress.com/2009/05/papag...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Socorro a coala na Austrália


Quem não entende um olhar, muito menos entenderá uma longa explicação. Esta foto da frente de combate ao incêndio que devastou a Austrália é de rara beleza. Repare na troca: olhar, gesto… O universo é um, não importa se somos um monte de átomos que forma a espécie (animal) humana, vegetal, estrelar… Somos poeira atômica do mesmo sistema, do mesmo universo, não somos nem mais nem menos. O que nos faz maior ou menor é isso, esse gesto lindo que vem da chama divina que cada um possui mais ou menos acesa (alguns esquecem ou desconhecem que a possuem) dentro de si.

http://www.anda.jor.br/?p=23634

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

HISTÓRIAS COM BICHOS (2)


“Morte de cão”, de Frank Gruber (Ed. Livros do Brasil)

Neste livro policial não aparece um cão, nem dois , nem três, mas 200. 200 São Bernardos!

Os conhecidos heróis do livro (Johnny Fletcher e Sam Cragg) ficam entusiasmados quando o segundo recebe um aviso para tomar posse de uma herança. Quando, felizes, a vão para receber, depara-se-lhes um rol de dívidas e… um canil com 200 cães. O desespero é grande, principalmente porque, como não podia deixar de ser, há uns assassinatos à mistura. Tudo se baralha, mas a imaginação de Fletcher e a acção musculada de Cragg resolvem o problema. É pena que o São Bernardo mais bonito e manso de todo o canil, o Oscar, também tenha sido assassinado.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Alemanha: Animais afectados pela crise têm "sopa dos pobres"

Há cães grandes como um labrador e pequenos como um pekinois . Há pastores-alemães, jack russel ou rafeiros. Os donos, tal como os animais, são todos diferentes: idosos, mulheres jovens, homens, famílias, grupos de punks com meias rasgadas. Uns estão desempregados, outros doentes ou sem abrigo, bastantes reformados: pessoas que, por uma razão ou por outra, ficaram sem o rendimento habitual e recorrem à Tiertafel, uma espécie de sopa dos pobres para os animais.
Na antiga escola de Treptow, uma zona de Berlim Leste bastante periférica, dezenas de pessoas esperam a sua vez com mochilas e sacos para levar ração e biscoitos, e não só para cães e gatos: o banco alimentar tem comida para pássaros, hamsters, porquinhos da Índia... "e agora até temos um cavalo", diz Mike Schäfer, um dos voluntários. Antes de receberem a comida, os donos dos animais tiveram de se registar, mostrando comprovativos de rendimento - pensões de reforma, subsídio de desemprego ou outras prestações sociais. Outra condição é que não tenham acabado de adquirir o animal.
A sopa dos pobres dos animais abriu em Berlim em Outubro de 2008, e há já outras iniciativas em várias cidades alemãs. Em Berlim são ajudados uns 800 donos com cerca de 2125 animais; a nível nacional são oito mil donos.
Cada sábado, cerca de dez voluntários estão na antiga escola para ajudar a distribuir os cerca de 900 quilos de comida que vêm de doações das empresas que produzem comida de animais - "quando vêem que o prazo está quase a acabar e já não podem vender dão-nos", explica Mike Schäfer. Também há muitas doações individuais, em comida, trelas, brinquedos, tudo e mais alguma coisa. Com a crise, muitas pessoas deixam de ter hipótese de tratar os seus animais, e cada vez mais são abandonados. A ideia da Tiertafel é que as pessoas que perderam o rendimento habitual - e passaram a contar só com os 350 euros do subsídio de desemprego - possam manter os seus animais.
Claudia, uma mulher de 50 anos que parece mais jovem sobretudo por causa do cabelo meio rasta - embora discreto, apanhado no alto da cabeça - e que prefere não dizer o apelido, está nesta posição: de um emprego normal passou a receber a ajuda do Estado para desempregados de longa duração - 350 euros, para os desempregados de curta duração o subsídio é bastante maior - e isso não é suficiente. Confessa que alimenta o seu cão com a ração que vai levar daqui e com restos de carne que os supermercados deitam fora, um dia após o fim do prazo.
Tommy Pohle, um engenheiro informático magro de óculos redondos e postura zen, conta que o trabalho que faz já não lhe dá o suficiente para si, a mulher, que entretanto ficou doente, os dois filhos, a cadela e o gato. A Tiertafel faz com que consiga manter os animais bem alimentados. "Temos ajuda do Estado, claro, mas não chega para tudo", sorri, olhando para a cadela. Foi afectado pela crise? "Bem, sem dúvida que há dois anos estava muito melhor."
Veterinário também
"Não tenho emprego e o cão tem de comer", resume Lutz Klimpel, um outro engenheiro informático de rabo de cavalo grisalho e chapéu de abas, que tenta controlar um pastor-alemão especialmente enérgico. "Ajuda muito, são 20 ou 30 euros por mês que poupo - e sem emprego é preciso poupar em tudo."
Sabine Guthke é mais jovem mas está com o mesmo problema de desemprego já há dois anos. "Antes pintava paredes mas agora não há trabalho por causa da crise", diz. "Não temos muito dinheiro para tratar dos animais" - ela tem um cão e um gato - "assim é muito bom podermos ter a comida". E há ainda um veterinário que vem de vez em quando, uma vantagem preciosa, diz Sabrine: "Mas espero não ter de vir cá sempre. Espero conseguir um trabalho depressa e poder passar a ter dinheiro para tratar deles". Mas Sabine não tem grandes expectativas de que as eleições de domingo tragam alterações. "Vou votar, mas não vai mudar grande coisa". Também o informático Klimpel diz que os partidos estão "cada vez mais iguais", e "a grande coligação vai manter-se e não vai necessariamente fazer grande coisa". Claudia gostava que "as coisas mudassem" e que houvesse uma coligação vermelho-vermelho verde (sociais-democratas, Die Linke, Verdes), a única que iria "atacar os bancos que nos puseram nesta embrulhada".
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1401769

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Animais de eleição


Entre os grandes animais, os cavalos são aqueles com quem o Homem tem uma relação privilegiada. Uma ligação de longa data, que nos tempos modernos se associou crescentemente ao desporto e ao lazer. Também os cuidados com os equinos têm evoluído, da alimentação à medicina, fazendo face às suas afecções mais comuns, das cólicas às locomotoras e à doença respiratória crónica.
O processo de conhecimento sobre as patologias que afectam os equinos evoluiu muito nas últimas duas a três décadas. O aumento do impacto económico do desporto equestre, associado ao grande desenvolvimento de meios complementares de diagnóstico até então só disponíveis na medicina humana, vieram disponibilizar ao médico veterinário uma série de "armas" imprescindíveis ao diagnóstico e tratamento das diversas doenças que afectam estes animais.

Portugal acompanha a evolução em termos de medicina veterinária de equinos, embora não atinja o mesmo grau de progresso dos países mais desenvolvidos nesta área, como os EUA, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Bélgica, França ou Suíça. Isto deve-se sobretudo à dimensão do mercado nacional, «que leva a que as receitas do desporto equestre e da criação cavalar não permitam um investimento equiparável ao dos países referidos», considera Rui Mendes, médico veterinário.

A nova relação Homem / equino veio também determinar o tipo de selecção de raças efectuada. Mário Barbosa, médico veterinário na Fundação Alter Real, organismo que actualmente tutela toda a criação cavalar nacional, explica à Veterinária Actual que a selecção de cavalos está «necessariamente dependente de modas momentâneas e pouco de índices mensuráveis. Daí que a testagem funcional, se bem que muito importante, tem sempre que ser encarada com certas reservas».

Apuramento de raças

Em Portugal, a selecção foi, durante muitos anos e em larga medida, orientada pelo Estado, através da Coudelaria Nacional e pela Associação Portuguesa das Raças Selectas, que praticamente controlava todos os Stud-Books, ou livros genealógicos, das diversas raças de cavalos criadas em Portugal. Posteriormente, o cavalo Lusitano, dada a sua importância nacional, criou a sua própria associação e, com ela, recebeu do Estado o controlo do seu Stud-book. Nos anos subsequentes outras raças fizeram o mesmo.

As raças hoje reconhecidas são a Puro-sangue Lusitano, Puro-sangue Árabe, Anglo-Árabe, Puro-sangue Inglês, Sorraia, Garrano, Português de Desporto e Cruzado Português.

Actualmente a Fundação Alter Real dispõe de um controlo sobre todos os livros genealógicos; um Depósito de Garanhões, onde se encontram garanhões de diversas raças para reprodução em éguas particulares em que os criadores pretendam a sua cobrição; bem como uma Unidade de Reprodução Obstetrícia e Neonatologia, onde se procede aos trabalhos de reprodução, quer das éguas do efectivo da Fundação, quer das particulares que o solicitem.

Também como medida de controlo da criação, e no sentido de certificar as afirmações dos criadores, a Fundação dispõe de um Laboratório de Genética Molecular onde, a partir de 17 marcadores moleculares, é possível confirmar a paternidade de todo o efectivo equino nascido em Portugal e no estrangeiro (raças nacionais). Como forma de credibilizar todo o sistema, é mantido sempre actualizado um Registo Nacional de Equinos.
http://www.veterinaria-actual.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=882&Itemid=2

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Foca-monge volta a nascer em praias após séculos


Uma das espécies mais ameaçadas de extinção escolheu areal na Mauritânia.

Pela primeira vez em 400 anos nasceu esta semana uma foca-monge numa praia. Foi na costa da Mauritânia, aberta ao oceano Atlântico e ao deserto do Sara. Os biológos consideram o acontecimento um bom sinal, quando o normal é que estas focas nasçam em cavernas abertas ao mar, segundo noticia o El Mundo. As focas, também conhecidas como lobos do mar, viveram no passado por todas as costas mediterrânicas e as atlânticas do Norte de África. Mas a contaminação do mar, a concorrência desenfreada na pesca e a perseguição à espécie dizimaram estas criaturas já citadas por Homero na sua Odisseia. Actualmente só restam alguns exemplares pela costa marroquina, e em algumas parte do Atlântico e a centenas de milhas de distância na grande colónia do cabo Branco, uma terra de ninguém junto à Mauritânia.

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1381233&seccao=Biosfera

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Dia Mundial do Animal - 4 de Outubro de 2009


O dia mundial do animal, 4 de Outubro, celebra-se desde 1930 em mais de 45 países.
Neste dia os homenageados são os nossos amigos e companheiros animais. Não só devemos amar e respeitar os animais que vivem nas nossas casas, como também devemos reflectir e lembrarmo-nos dos muitos animais que sofrem às mãos humanas.

Cães, gatos, aves, porcos, vacas, répteis, cabras, ovelhas são explorados sem que muitas vezes nos apercebamos. A melhor homenagem que podemos prestar a estas inocentes vítimas é transmitir a mais pessoas o que realmente acontece em laboratórios, matadouros, circos, rodeios, etc, para que elas boicotem o que estiver envolvido no sofrimento animal. Já pensaste no bom que seria no futuro festejar-se o dia do animal e já não existir a tortura massiva que faz parte da actualidade? Pensar que os animais já não eram explorados e que os seus direitos (proclamados pela UNESCO em 1978) eram devidamente respeitados? Utópico...? Pode ser um futuro próximo. E se gostas de animais, podes tomar uma parte activa e contribuir para que este futuro se aproxime.

Nos últimos anos, associações de defesa animal (como a LPDA - Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais) têm organizado eventos e campanhas de adopção para comemorar o dia mundial do animal.


Origem do Dia do Animal
Franciscus van Assisi nasceu em Assis velha cidade da Itália, situada na região da Úmbria em 26 de Setembro de 1182.
Passou por um período de doença na sua vida, a partir do qual decidiu passar a ajudar os mais carenciados. Franciscus amava os animais e protegia-os. Chegou a comprar pássaros engaiolados só para os ver voar de novo em liberdade.

Morreu a 4 de Outubro de 1226. Dois anos após a sua morte foi santificado.

Em 1929 no Congresso de Protecção Animal em Viena, Áustria, foi declarado o dia da morte de São Francisco de Assis como o Dia Mundial do Animal, por Francisco de Assis ser tão bondoso para os animais.

Em Outubro de 1930, foi comemorado pela primeira vez o Dia Mundial do Animal.
A 15 de Outubro de 1978 foram registados os direitos dos animais através da aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Animal pela UNESCO. O Dr. Georges Heuse, secretário-geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana e cientista ilustre, foi quem propôs esta declaração.

Lembra-te, não só no dia mundial do animal, como todos os dias, que os animais não se podem defender sozinhos e que muitos são os crimes a que são submetidos sem a menor piedade. Nunca deixes de ajudar um animal que precise, ele ficar-te-á grato para toda a vida!


Referências:
http://home.wanadoo.nl/martijn.zuiderbaan/World%20animal%20day/The%20History%20Of%20World%20Animal%20Day.htm
http://www.sca.org.br/biografias/bsfa16.htm

Fonte: http://www.centrovegetariano.org/Article-320-Dia%2BMundial%2Bdo%2BAnimal.html
Publicada por Canil Intermunicipal da AMTSM

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Descobertas 163 novas espécies na Ásia


Investigadores descobriram no rio Mekong mais de 150 animais e plantas até agora desconhecidos. Conservação dos 'habitats' preocupa especialistas

Um pássaro que não voa porque prefere caminhar. Um lagarto com pele de leopardo e olhos de gato. Uma rã com chifres. São três das 163 novas espécies descobertas nas margens do rio Mekong, na Ásia.

Esta zona do planeta esteve vedada aos investigadores durante várias décadas, dados os constantes conflitos armados que ali ocorreram. Nos últimos anos, a região tornou-se mais pacífica e os líderes dos governos mostraram-se mais sensibilizados para a investigação sobre a fauna e flora locais.

Com estas condições reunidas, foi possível descobrir o tesouro da natureza guardado durante anos no Vietname, Laos, Camboja, Tailândia e Myanmar (antiga Birmânia), ao longo dos 4350 km do rio Mekong: 100 novas plantas, 28 peixes, 18 répteis, 14 anfíbios, dois mamíferos e uma ave.

A novidade foi dada pela WWF (World Wide Foundation), organização não governamental que se dedica à conservação da natureza e das espécies: promove a descoberta de novas, como neste caso, e desenvolve iniciativas de protecção dos animais, em geral, e daqueles que estão em vias de extinção, em particular.

A WWF mostra-se preocupada com a conservação dos habitats das espécies agora descobertas, uma vez que as alterações climáticas podem provocar um aumento do nível médio da água do mar. E o delta do rio Mekong é um dos três mais vulneráveis do planeta. Quem adianta estas informações é o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU.

A WWF faz eco das preocupações. "Espécies raras como estas que acabam de ser descobertas são especialmente vulneráveis às alterações climáticas que reduzirão os seus já restritos habitats", avisa Stuart Chapman, director do Programa da WWF para o Me-kong, ao jornal El Mundo.

Mas se há preocupações que só o futuro dirá se se se justificam, há consequências do aquecimento global que já se sentem. A prova são os dados adiantados pelos investigadores sobre a paisagem natural que alberga estas espécies: só 5% se mantêm intactas.

Ângela Moreira, representante da WWF, em Portugal, diz ao DN que o combate às alterações climáticas é uma luta quotidiana, em que todos podem participar, "tirando os carregadores da ficha, por exemplo". E garante que esta descoberta é importante: "Isto prova que o nosso mundo é mesmo um planeta vivo e que, mesmo em momentos de crise ecológica, consegue reinventar-se."

Tags: Ciência, Biosfera
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1374593&seccao=Biosfera

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

DIA MUNDIAL DA RAIVA - 28 SETEMBRO



A raiva é uma doença contagiosa de elevada mortalidade que se transmite a
Humanos sobretudo através da mordedura dos cães doentes. Em Portugal a
doença é considerada oficialmente erradicada desde 1956.

Os serviços veterinários Portugueses têm mantido uma campanha de vacinação anual obrigatória, sistemática desde 1926. Foi a eficácia dessas campanhas
que permitiu erradicar a doença, sendo Portugal uns dos primeiros países do
mundo a obter o estatuto de «País oficialmente indemne de Raiva».
sendo que a prova de vacinação anti-rábica é um dos requisitos para a
emissão da licença.

Existe também um programa de controlo sobre as populações de cães errantes e assilvestrados que é executado pelas Câmaras Municipais.

Desde 1995, existe ainda um programa de epidemiovigilância nos animais
silvestres (raposa e saca rabos), que são submetidos a pesquisa
laboratorial. Até à presente data todos os resultados têm sido negativos
nestes animais.

Nalguns países europeus (Itália, França, etc.) apareceram animais positivos pelo que, toda a vigilância é muito importante.


EWorld Rabies Day
Category: Organizações - Organizações Sem Fins Lucrativos
Descrição: OFFICIAL World Rabies Day Facebook group
The mission of World Rabies Day is to raise awareness about the impact of human and animal rabies, how easy it is to prevent it, and how to eliminate the main global sources. Even though the major impact of rabies occurs in regions of the world where many needs are present, rabies should no longer be neglected. The tools and technology for human rabies prevention and dog rabies elimination are available. Through the World Rabies Day initiative, partners will be………Working Together to Make Rabies History!

http://www.worldrabiesday.org/

http://www.flickr.com/groups/wrd/

Contacto
Site: http://www.worldrabiesday.org
Sede: World Wide

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dois macacos ficaram curados de daltonismo com terapia genética


Simulação de como Dalton veria o seu jantar, antes e depois do tratamento

Técnica tem potencial de ser aplicada a seres humanos

Uma equipa das universidades de Washington e da Florida recorreu à terapia genética para curar o daltonismo em dois macacos-esquilo. O trabalho que, referem, poderá ter consequências no tratamento de doenças que envolvem as células cone em humanos, é publicado hoje na Nature. Uma das conclusões mais relevantes é mostrar que é possível tratar estes problemas de visão em adultos, quando já não temos a plasticidade cerebral dos primeiros anos.
Os macacos-esquilo usados no estudo chamam-se Dalton e Sam mas, antes das apresentações, impõe-se a pergunta: como é que os cientistas conseguiram avaliar e acompanhar o daltonismo em dois macacos? Como sabiam quando é que os animais viam as cores e se as viam correctamente? Como muito treino e testes e com muitos anos de dedicação.
Segundo o comunicado divulgado sobre o trabalho, Dalton e Sam são acompanhados pela equipa de há cerca de dez anos. Os dois macacos foram submetidos a diversas provas, algumas semelhantes às que são feitas a crianças em todo o mundo, e a exames em frente ao computador.
Enquanto estes testes eram conduzidos pela equipa liderada por Jay Neitz, em Washington, o grupo coordenado por William Hauswirth, na Florida, desenvolvia uma terapia genética para actuar na células cone (importantes células para a visão nos humanos).
Os investigadores queriam induzir a produção na retina dos daltónicos Sam e Dalton (escusado será dizer que o nome serve para homenagear John Dalton, que sofria de daltonismo e descreveu este problema num artigo em 1798) de uma proteína que permite a produção de pigmentos sensíveis ao verde e ao vermelho.
“Usámos ADN humano e, por isso, não teremos que adaptar a genes humanos para fazer ensaios clínicos”, diz Hauswirth no comunicado. Segundo Neitz, os primeiros resultados a cores surgiram passadas cinco semanas do tratamento e ao fim de um ano e meio Sam e Dalton já conseguiam distinguir 16 matizes.
Os dois macacos-esquilo tornaram-se assim a base da promessa da possível oportunidade para acrescentar ou restaurar funções ao olho humano. A equipa espera conseguir usar este conhecimento para tratar este problema em humanos, mas também conseguir chegar a outras doenças mais graves, como a retinopatia diabética ou a degeneração causada pelo envelhecimento.
“É uma promessa grande e um passo muito importante. Ainda que demore algum tempo até que seja possível aplicá-la em humanos”, comenta o oftalmologista João Breda, confiante em que a resposta para muitos problemas de visão passará, no futuro, por terapia genética
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1401015&idCanal=13

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Rosinha finalmente encontrou um lar


Hoje tou muito feliz! A Rosinha finalmente encontrou um lar em condições em Vale de Cambra.
Tem cerca de 1,5 anos e desde bébé tá connosco no Centro de Recolha de S. João da Madeira!
Ela é linda, muito simpática, cheia de madeixas (que me fazem inveja)....um doce!
Felicidades lindona.....

domingo, 6 de setembro de 2009

Cão mais velho do mundo morre aos 21 anos nos EUA


O cão que detinha o título de mais velho do mundo, segundo o Guinnes Book, o Livro dos Recordes, morreu aos 21 anos. Segundo a agência AP, a idade da Dachshund Chanel equivalia a 147 anos de um humano.
Chanel morreu na casa de seus donos, no subúrbio de Port Jefferson Station, em Long Island. Denice e Karl Shaughnessy disseram que, nos últimos anos de vida, ela usava óculos coloridos, para proteger os olhos de uma catarata, e roupas, porque era muito sensível ao frio.
A Dachshund vivia com o casal desde que tinha seis semanas de vida, quando foi adotada por Denice, que servia ao exército, em um abrigo de Newport News, na Virgínia. Junto com o dono, o animal de estimação chegou a passar nove anos em uma missão na Alemanha, onde aprendeu a roubar comida da cozinha e escondê-la nas almofadas da sala.
O casal Shaughnessy entrou em contato com o Guinness depois de constatar que o livro não tinha registro do cão mais velho do mundo. O título foi concedido à Chanel em maio, durante uma festa em Manhattan patrocinada por uma empresa de comida para cachorros.
Com a morte de Chanel, Max, um cão de New Iberia, na Louisiana, pode obter o título de mais velho do mundo. Apesar de mais velho que Chanel, Max, 26 anos, ainda não teve sua idade reconhecida pelo Guinness.
Redação Terra
http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI3951990-EI1141,00.html

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cão de Água é a raça ideal para a investigação



Investigadores norte-americanos descobriram os genes responsáveis pelo bigode e as sobrancelhas ou o tamanho e a forma do pêlo.
Investigadores norte-americanos recorreram ao cão-d'água português, a raça favorita do presidente Barack Obama, para identificar o gene que torna o pêlo dos cães encaracolado ou longo e ondulado. Num trabalho publicado na revista Science, esta equipa de biólogos da Universidade de Utah mostra que os sete grandes tipos de pêlo dos cães de raças puras são determinados por variações de apenas três genes (RSPO2, FGF5 e KRT71).
"Descobrimos três genes que controlam 90 por cento dos tipos de pêlo que caracterizam as diferentes raças de cães", explicou Gordon Lark, um dos 20 autores da investigação, integrada num estudo mais vasto dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos. "Ajudámos a identificar o gene que torna o pêlo encaracolado ou ondulado", precisou Kevin Chase, outro dos autores.
o analisarem um milhar de cães de 80 raças domésticas, os investigadores descobriram que o RSPO2 é responsável pelo bigode a as longas sobrancelhas, o FGF5 faz com que o pêlo seja curto ou longo e o KRT71 determina se é encaracolado ou ondulado.
Segundo Lark e Chase, que há anos estudam o cão-d'água português, o gene KRT71 é portador do código que produz queratina 71, uma proteína estrutural do pêlo. Embora ambos estudem os efeitos genéticos deste gene, Lark acha que os outros dois genes envolvidos no tipo de pêlo são mais interessantes por produzirem proteínas reguladoras de uma série de processos nos organismos vivos, e não só do tipo de pêlo do cão, o que os torna relevantes para doenças de cães e humanos.
"Os cães partilham muitas doenças e outras características com os humanos", sendo usados há décadas em testes farmacêuticos e médico-fisiológico-bioquímicos, referiu Lark. "Não é por isso surpreendente", acrescentou, "que partilhem grande parte do seu genoma como o dos humanos".
Segundo o cientista, a manipulação de um cão pode torná-lo mais vulnerável ao cancro e a outras doenças, reduzindo-lhe a esperança de vida.

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1348186&seccao=Biosfera

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bichos de estimação inspiram belas músicas

Quem ouve “Martha My Dear”, dos Beatles, pode achar que o título da canção se refere a alguma mulher. Mas, na verdade, Martha era o nome da cadela de Paul. Como essa, muitas outras belas músicas foram compostas para bichos de estimação.
Confira a nossa lista com algumas das canções mais tocantes que tiveram como inspiração animais que eram queridos dos músicos.

-"Martha My Dear"– The Beatles
Martha era o sheepdog de Paul McCartney. Apesar de ter dado nome à canção, a letra é dedicada a Jane Asher, mulher por quem o beatle era apaixonado.



-“Ben” - Michael Jackson
Aos 13 anos, Michael Jackson gravou a canção tema do filme “Ben”, no qual um menino tem um rato de estimação com esse nome. A música concorreu ao Oscar de trilha sonora, falando da amizade entre a criança e seu bichinho. “Com um amigo para chamar de meu/Eu nunca serei solitário/E você, meu amigo, vai ver/Que tem um amigo aqui”, diz a canção.

-"I Love My Dog” - Cat Stevens
Em 1966, Cat Steven lançou seu álbum de estreia. Em uma das canções, aproveitou para declarar seu amor a um cachorro. “Eu amo meu cão tanto quanto eu te amo/Mas você pode desaparecer, meu cachorro sempre estará comigo”.

“-“Old King” - Neil Young
No álbum “Harvest Moon”, de 1992, Neil Young conta uma bela história sobre um homem e seu cachorro. “Eu tinha um cachorro e seu nome era King/Eu contava de tudo ao cachorro”

-“Smelly Cat” - Phoebe Buffay
No seriado “Friends”, a personagem Phoebe (de Lisa Kudrow) adora cantar. Sua composição mais famosa é “Smelly Cat” (Gato Fedido), uma canção em homenagem ao pobre gato que não tem culpa por cheirar mal. “Eles não te levam ao veterinário/ Obviamente você não é o pet preferido deles/ Gato Fedido, não é culpa sua”.

-“Do Sétimo Andar” – Los Hermanos
A canção escrita por Rodrigo Amarante é uma grande incógnita. Há quem diga que representa a fala da mãe de um mendigo, outros apostam que é sobre uma pessoa louca. Mas uma das teorias é que fala de um cachorro que fugiu. O autor nunca contou qual foi a inspiração para os versos, mas eles têm tudo a ver com a história de um cão: “Deus sabe que o que eu quis foi te proteger/ Do perigo maior que é você/ E se numa esquina qualquer te vir, será que você vai fugir?”.


http://www.anda.jor.br/?p=16915

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O artista chama-se Jean-luc Cornec e as ovelhas


Museu de Comunicações, em Frankfurt.
DESTINO DOS ANTIGOS TELEFONES...

Frases consistentes da vida I

O CÃO FOX QUE NÃO ERA FOX


Quando éramos miúdos e estávamos em Lourenço Marques, apareceu lá em casa um cão. Trouxera-o o boémio da família: o pai. Como toda a gente sabe, os cães adoram os bêbedos e as noctívagos pois são os únicos com quem podem falar. Os bêbedos e noctívagos respondem bem aos bichos e lá se entendem. Pois aquele cachorro tinha franqueado as portas da nossa casa com o nosso pai e, mais tarde, as portas dos nossos corações.
De manhã a mãe disse logo que eram coisas do vosso pai e ficámos a olhá-lo para lhe escolher um nome. Desde Napoleão a Zacarias, passando pelos Pilotos, tudo foi aventado. Até que uma voz disse: “É um “fox terrier”. À palavra fox o bicho ergueu a cabeça e as orelhas. Gostou da sonora palavra. Ficou Fox para a eternidade.
E o Fox passou a ser a companhia de uma menina e três rapazes. Ia não só para a praia connosco, como também para a prancha de saltos, o que deixava marcas das suas unhas nas costas de meus irmãos. No regresso, parávamos numa quinta abandonada onde só havia para roubar, limões enormes e azedos. Mas com aquele calor e sede, marchava tudo – era a pausa para os limões que o Fox também comia de focinho arreganhado: não gostava mas comia! Bravo e solidário cão!
Decorria assim a nossa vida entre a praia da Polana, a caça aos gála-gálas e os estudos, quando, numa manhã, demos pelo desaparecimento do Fox. Foi o bom e o bonito. Toda a gente a berrar por ele, os meus irmãos a correrem os arredores e a minha mãe espantada enquanto o pai dormia.
A mágoa invadiu-nos durante três dias. Até os dois gatos (o “Espadinha até à última” e o “Dom Fuas”) deram pela sua falta, pois tinham por hábito fazerem a sesta sob a sua pata protectora. Foi quando a mãe nos contou o telefonema que tinha recebido.
- Pois a senhora é a dona do Fox, aliás, César. Quando o cão lhe desapareceu, ela pôs toda a gente, amigos e conhecidos em campo, à procura do bicho. Localizado que foi, havia que tirar referências. Que foram boas. O cão era estimado e estava feliz com os meninos. A senhora não tem filhos e compreendeu a felicidade do Fox-César em viver connosco.
Passados uns três meses, numa manhã à hora da escola, aparece o Fox. Não vinha visitar-nos, não. Vinha matar saudades por uns meses. E durante mais de um ano, ele andou cá e lá, acarinhando ora uns donos ora outros, até que ficou por lá definitivamente… enfim, eram os seus primeiros donos e amigos.
Por ser verdadeira se conta esta história, que vai acompanhada de uma enorme nostalgia.

A.M

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Estudo revela que o tigre da Índia é a mais elevada das subespécies existentes

A chave para a sobrevivência do tigre (Panthera tigris) - espécie ameaçada de extinção, com apenas 3500 animais em estado selvagem - está no subcontinente indiano. A importância do tigre de Bengala (Panthera tigris tigris) é a sua variabilidade genética, a mais elevada das seis subespécies existentes, diz um estudo publicado na revista científica disponível on-line grátis PLoS Genetics.
Avistar os 2000 tigres de Bengala em estado selvagem (na Índia, Bangladesh, Nepal, Butão, Birmânia e Sul do Tibete) é cada vez mais difícil. Esta subespécie representa 60 por cento da população mundial e foi estudada pela equipe da indiana Uma Ramakrishnan, do Centro Nacional para as Ciências Biológicas. As suas conclusões podem fazer a diferença para a sobrevivência de uma espécie que registou uma assustadora diminuição de 93 por cento, devido à caça, à perda de habitat e desaparecimento das suas presas. Das nove subespécies conhecidas, três extinguiram-se na última metade do século XX.
“Os nossos resultados são importantes para a conservação global do tigre, porque sugerem que as populações do subcontinente indiano são cruciais para a recuperação da espécie”, escrevem os autores.
Após recolher 71 amostras de excrementos de tigres de Bengala - de animais de 28 populações diferentes, a viver em áreas protegidas -, Ramakrishnan concluiu que estes animais “têm uma variabilidade genética muito mais elevada do que as outras subespécies”. Isto explica-se porque as outras registaram declínios mais graves e porque têm populações menores.
A Índia perdeu 90 por cento dos seus animais nos últimos 200 anos. Os investigadores lembram que mais de 80 mil tigres foram mortos de 1875 a 1925, durante o domínio colonial britânico, que tinha como desporto a caça ao tigre com armas de fogo.
Apesar da regressão das populações, o tigre de Bengala tem 76 por cento da diversidade mitocondrial da espécie. A elevada variabilidade genética permite-lhe adaptar-se melhor a habitats mais diversos.
A má notícia é que a maior parte dos habitats são pequenos e estão fragmentados. Os investigadores defendem que os esforços devem ser concentrados nas áreas protegidas que ainda tenham densidades elevadas e tenham boas ligações entre si.
Em 2008 existiam 1141 tigres na Índia, o segundo país mais populoso do mundo, onde vivem mais de mil milhões de pessoas, revelou em Julho o Governo indiano. O futuro destes grandes felinos é mais do que incerto. Nesse mês, a Reserva Natural de Panna (no estado de Madhya Pradesh) anunciou que, em três anos, perdeu todos os seus 24 tigres, mortos por caçadores furtivos. Partes do corpo dos animais e a sua pele continuam a ter um elevado valor nos mercados asiáticos.

Fonte: Público PT

http://www.anda.jor.br/?p=16224

Canto pode influenciar a evolução da cigarra


Investigadores portugueses da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acreditam que a capacidade acústica das cigarras, que cantam durante grande parte da sua vida, está associada à reprodução e evolução da espécie. E consideram que a diversificação dos seus cantos pode ser até responsável pelo surgimento de novas espécies
Já dizia a fábula, e até de um modo meio depreciativo, que enquanto a formiga trabalha, a cigarra canta. Pois, agora, os investigadores portugueses descobriram que, durante essas horas de canto, as cigarras podem estar a contribuir para o desenvolvimento da espécie. E que a diversificação dos seus cantos pode até explicar o aparecimento de novas espécies.
Três estudos publicados em revistas internacionais da especialidade revelam novas características destes insectos. Os trabalhos foram realizados por investigadores do Centro de Biologia Ambiental do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e da School of Biosciences da Universidade de Cardiff (no Reino Unido), que contribuiu na parte genética dos estudos.
Estes insectos têm olhos grandes e uma capacidade acústica que, nos dias de maior calor, pode atingir os cem decibéis. Os machos, pois as fêmeas são silenciosas. As cigarras chegam a viver 17 anos, sendo dos insectos com maior esperança de vida.
Mas grande parte do tempo passam-no a alimentar-se e a crescer debaixo de terra. Daí saem por algumas semanas, na fase ninfa, para se reproduzirem e morrerem. No tempo que passam à superfície, toda a energia é usada no acasalamento e na deposição de ovos em plantas herbáceas.
José Alberto Quartau, especialista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, explicou à Lusa o trabalho. "A investigação tentou comparar a evolução de algumas espécies de cigarras ao longo de várias gerações, a níveis morfológico, genético e comportamental." E a conclusão prova que a comunicação acústica é usada essencialmente na reprodução.
"É um exemplo muito bonito de como a comunicação acústica tem um papel muito importante na criação de novas gerações, ao servir de sinalização dos machos para atrair as fêmeas da sua espécie."
Esta comunicação acústica implica grande dispêndio de energia, pois os machos chegam a cantar horas seguidas no tempo de maior calor. Fazem-no através da vibração de membranas, provocada pela contracção de músculos.
Ao constatar que a evolução enveredou nestes insectos pela comunicação acústica, por lhes trazer grandes vantagens, os investigadores vão tentar agora demonstrar que o aparecimento de novos sinais acústicos poderá estar na origem da criação de novas espécies.
R. C.http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1336896&seccao=Biosfera

sábado, 15 de agosto de 2009

Escolho os meus Amigos...

Escolho os meus amigos não pela pele ou por outro arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não me interessam os bons de espírito, nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão
pelas injustiças.

Escolho os meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também a sua maior alegria.
Amigo que não ri connosco não sabe sofrer connosco.
Os meus amigos são todos assim: metade disparate, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de
aprendizagem, mas que lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade de infância e outra metade de velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos,
para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois vendo-os loucos e santos, tolos e sérios, crianças e velhos,
nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e
estéril.

Oscar Wilde

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mais de 100 mil cães infectados com leishmaniose

Queda de pêlo, emagrecimento, apatia e crescimento exagerado das unhas são alguns dos sintomas da leishmaniose canina. Luís Madeira de Carvalho, médico veterinário e membro do Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH), escreve sobre esta doença.
Luis Madeira Carvalho é médico veterinário e membro do Observatório Nacional das Leishmanioses (ONLEISH)
A Leishmaniose Canina é uma doença parasitária infecciosa causada por um mosquito, o flebótomo, também chamado de "mosca da areia". Trata-se de um insecto pequeno, de 2 a 3 mm, com uma coloração cor de palha que transmite a doença aos cães, a animais silvestres como a raposa, mas também ao Homem.
Normalmente, a Leishmaniose Canina surge em cães com mais de 1 ano de idade e mais frequentemente em animais de pêlo curto ou que vivem no exterior. Frequentemente o cão tem um aspecto saudável, mesmo já estando infectado, e os primeiros sintomas surgem já numa fase mais avançada da doença.
O parasita multiplica-se na pele, na medula óssea, no baço, no fígado e nos linfonodos, originando um quadro de sintomas tardio, de progressão lenta e muito variável. Os sintomas mais comuns são a queda de pêlo; emagrecimento; fraqueza geral; apatia; febre irregular; feridas cutâneas persistentes que não cicatrizam, aumento exagerado das unhas (Leishmaniose cutânea); dilatação do fígado ou do baço; diarreia e vómitos (Leishmaniose visceral).
O maior risco de infecção está directamente relacionado com a época activa do insecto transmissor que começa com o início do calor - normalmente em Abril, estendendo-se até Outubro. Em anos mais quentes pode iniciar-se em Março e terminar em Novembro.
Recentemente, o Observatório Nacional das Leishmanioses, com o apoio da Intervet Schering-Plough, realizou um rastreio nacional a mais de 4000 cães, e concluiu que na amostra estudada existe uma prevalência total de 6%, o equivalente a cerca de 110 mil cães infectados, se os dados do estudo forem extrapolados para o total da população canina em Portugal. Foram abrangidas 53 Cidades e Vilas, sendo que Beja, Castelo Branco e Portalegre são os três distritos mais afectados, com uma prevalência superior a 10%.
Este estudo dá-nos um real conhecimento da infecção no nosso país, da sua distribuição pelo território nacional no mesmo período de estudo e permite dar uma resposta mais adequada às necessidades de cada região. Pretende-se que as conclusões desta investigação possam esclarecer e sensibilizar as populações para a Leishmaniose Canina.
Ao sensibilizarmos as entidades mais envolvidas no combate à doença, estamos a proteger os cães da doença. Estudos sobre o aquecimento global e a evolução climática mostram que há uma tendência para o alargamento das zonas endémicas para áreas mais a norte.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que perante este quadro os países devem colocar rapidamente em prática sistemas de alerta e de controlo que permitam proteger as populações desta e de outras patologias infecciosas directamente afectadas pelo aumento da temperatura global.
É recomendado que se encoraje os donos dos cães a colocarem nos seus animais as coleiras impregnadas de deltametrina. A utilização destas coleiras poderá reduzir o contacto entre o Flebótomo e os cães, de tal forma que poderá diminuir o risco de transmissão ao Homem e a outros animais.
Os proprietários de cães melhor esclarecidos permitirão, pelo menos, uma redução do crescimento da prevalência desta doença. A evolução da Leishmaniose Canina deve ser seguida de perto, pois constitui um risco para a Saúde Animal e para a Saúde Pública.
Para saber mais sobre esta doença, deixo aqui o site www.onleish.org
Luís Madeira Carvalho
14:45 Sexta-feira, 14 de Ago de 2009
http://aeiou.expresso.pt/mais-de-100-mil-caes-infectados-com-leishmaniose=f530965

Plataforma Autarquias

Caro cidadão,
A partir de hoje, tem ao seu dispor a plataforma autarquias.org.
Com o autarquias.org os cidadãos podem alertar os
municípios para as mais variadas situações, desde de Lixos na via pública,
postes de iluminação que não o funcionam, buracos na via pública,
equipamento danificado, problemas nos abastecimentos, ou outros tipos de
problemas, que muitas das vezes as Câmaras Municipais não tem
conhecimento.
Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas
apresentados por outros cidadãos, como também participarem nesses mesmos
alertas adicionando comentários.
O autarquias.org permite também a criação de
debates por cidadãos que pretendem discutir assuntos que lhes pareçam
pertinentes com outros cidadãos e com o próprio município ou questionar a
autarquia sobre um assunto do interesse de todo o município., como também
a abertura de petições.
Participe neste projecto.
www.autarquias.org

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Aves e outras espécies endémicas em perigo : Mosquitos ameaçam o arquipélago das Galápagos com desastre ecológico


São uma praga em qualquer lado, mas no santuário ecológico das ilhas Galápagos, os mosquitos para lá transportados juntamente com os turistas, que chegam em número cada vez maior, são um fenómeno sem controlo que pode provocar um desastre, revela um novo estudo.
Pensava-se que o mosquito comum do Hemisfério Sul, "Culex quinquefasciatus", tinha sido introduzido nas Galápagos num único evento, na década de 1980. Mas cientistas da Universidade de Leeds, da Sociedade Zoológica de Londres, da Universidade de Guayaquil e do Parque Nacional das Galápagos provaram que este mosquito vem frequentemente de boleia a partir da América do Sul, e que se está a cruzar com insectos locais.
Os mosquitos vêm de avião e também nos barcos carregados de turistas - o que torna provável que a invasão se espalhe a todo o arquipélago onde Charles Darwin descobriu tentilhões com bicos de formas diferentes, que o ajudaram a desenvolver a teoria da evolução através da selecção natural.
"O número de mosquitos que chega de avião é baixo, mas aterram muitos aviões diariamente, e os mosquitos parecem capazes de sobreviver e de se reproduzir" com espécies locais, diz Arnaud Bataille, um dos investigadores ligados ao estudo, publicado na revista científica britânica "Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences".
O "Culex quinquefasciatus" transmite várias doenças, que afectam tanto animais como seres humanos. Ao ser introduzido no Hawai, no fim do século XIX, provocou epidemias devastadoras nas aves do arquipélago.
"O nosso trabalho mostra que estão a criar-se condições para que ocorra um desastre semelhante nas Galápagos", comenta Andrew Cunningham, outro cientista, num comunicado de imprensa.

12.08.2009 - 14h43 PÚBLICO http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1395812&idCanal=13

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

LIVROS COM BICHOS



Não vos vou falar hoje de “Os Bichos”, do genial Miguel Torga. Agora apenas de um livro (“Três ingleses num barco sem contar com o cão”) que me fez rir quando jovem pela subtileza do humor e pelas situações vividas por três ingleses (O que não é inteiramente verdade já que um dos passageiros é polaco) em passeio histórico pelo Tamisa acima, acompanhados de um cão de nome Montmorency.

Este livro, de finais do Séc. IXX, cujo autor, Jerome K. Jerome, pretendia obra séria e didáctica, foi aos poucos tornando-se um símbolo do humor inglês. Inicialmente publicado em folhetins, o editor foi-lhe retirando as partes históricas, realçando as humorísticas e as caricatas. É inesquecível a cena do chá das cinco, no bote, em que todos dizem em voz demasiadamente e desnecessariamente alta que não querem nem lhes apetece chá, “chá que horror!”, única maneira de fazer com que a água ferva mais depressa.
(Cotovia Editora). A.M.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bioengenharia: Turbulência nas águas Animais em grupo agitam os mares

Grupos de animais marinhos podem influenciar o movimento das águas dos mares e oceanos, indica um estudo realizado por investigadores do Instituto de Tecnologia Caltech da Califórnia (EUA). A descoberta teve origem na tentativa de perceber como a composição das águas, as correntes e a sua temperatura podem alterar a vida destes seres. No entanto, a pesquisa mostrou exactamente o contrário.
Segundo o estudo, as medusas, tal como outros seres marinhos pequenos que se movimentam em grupos, podem influenciar a turbulência das águas, quase tanto como os ventos e as marés. Durante a experiência, realizada na ilha de Palau, no Oceano Pacífico, os pesquisadores colocaram tinta fluorescente nas águas onde as medusas se mexiam.
Ao contrário do que se supunha, em cada dia, milhares de pequenos animais – como medusas e outros seres marinhos – emergem centenas de metros do fundo do oceano em direcção à superfície, onde se alimentam. O poder global do movimento desse grupo equivale a um trilião de watts de energia, comparável à força dos ventos e das marés.
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=5F475BF7-108D-4C86-8D71-75CDAD208D2B&channelid=00000219-0000-0000-0000-000000000219

Animais raros e ameaçados


Identificado na região indiana de Arunachal, o macaco que ganhou o nome daquela zona do país (Macaca munzala), foi uma das descobertas mais extraordinárias feitas ali nos últimos dez anos, segundo a WWF. A descoberta de novos primatas é algo muito raro
Na foto, em cima, esta rã, de nome científico (Leptobrachium smithi), foi descoberta em 1999 no estado de Assam, na Índia. Os seus olhos dourados sobressaem, dando-lhe um ar muito diferente do que estamos acostumados a ver nestes anfíbios. A sua população está em declínio
Parece um rato, mas não é. É uma espécie de veado em miniatura (Muntiacus putaoensis), que mede entre 60 e 80 centímetros de altura. Foi descoberto na fronteira com o Norte da Birmânia, em 1999
São pelo menos 14 novas espécies em 10 anos. Um deles é um peixe cor de chocolate (Erethistoides ascita), que foi identificado no rio Kosi, no Nepal, em 2005
Pelo menos 21 novas espécies destas flores exuberantes foram identificas nos Himalaias. Mais 15 espécies de bambus e uma nova palmeira também foram registados
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1331454&seccao=Biosfera

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cães que contam até cinco e aprendem 150 palavras


Já sabíamos que eles sabiam rebolar, deitar, ir buscar o jornal ou os chinelos. Mas agora um psicólogo americano especialista em comportamento animal veio demonstrar que os cães também sabem detectar erros em operações matemáticas e conseguem aprender centenas de palavras. E que nos enganam tanto como nós os conseguimos enganar a eles
"Até parece que pensa." Esta frase, tantas vezes ouvida a donos de cães, estará mais próxima da verdade do que poderíamos imaginar. Contar até cinco, perceber 150 palavras e enganar os donos de forma propositada e em benefício próprio. Segundo o psicólogo norte-americano Stanley Coren, estas são capacidades que os cães têm. Algumas raças mais do que outras, note-se.
Stanley Coren, professor na Universidade de British Columbia e autor de livros sobre comportamento animal, levou as conclusões da sua obra A Inteligência dos Cães ao congresso da Associação Americana de Psicologia. E algumas delas são surpreendentes. Segundo o especialista, a inteligência canina está dividida em instintiva, adaptativa (uma espécie de tentativa- -erro, até se resolver os problemas colocados) e de trabalho e obediência (aquilo que podia ser transposto para a aprendizagem escolar). Ficamos assim a saber que um cão normal pode aprender uma média de 165 palavras, mas os mais inteligentes, como os border collie (ver tabela), podem mesmo chegar às 250.
Mas os cães não são apenas bons linguistas, como ainda percebem de aritmética. Stanley Coren constatou, por exemplo, que os cães são capazes de detectar erros em operações matemáticas como 1+1=1 ou 1+1=3.
No livro do psicólogo americano encontramos também exemplos de inteligência adaptativa. Prince, um border collie, aproveitava as saídas das visitas de casa dos donos para tentar ir à rua. Certo dia, numa dessas corridas desenfreadas, acabou por ir contra as típicas protecções de portas usadas nos Estados Unidos e passou por entre os fios. Tinha encontrado a sua escapatória! Mas a descoberta não durou muito tempo. Pouco tempo depois, o dono percebeu o esquema e substituiu o fio por arame grosso. Frustrado, o cão começou a cirandar pela casa e apercebeu-se de que o material que cobria aquelas janelas que costumavam estar abertas era o mesmo pelo qual passava na porta de entrada. Para um exemplar da raça mais inteligente do mundo não foi difícil perceber que tinha encontrado outra saída para o mundo exterior.
Tendo em conta este acumulado de capacidades, não admira que "os cães tenham quase tanto êxito a enganar os humanos como os humanos a enganar os próprios animais", confessa o psicólogo, que apresenta no livro um outro caso elucidativo.
Arnold, um caniche, começou a urinar na cama da dona quando esta começou a receber o namorado em casa. Aquilo que aparentemente parecia um caso instintivo de simples ciúmes, era afinal mais do que isso. A questão é que o cão era demasiado esperto e percebeu que a dona ligava mais ao seu mau comportamento do que às boas acções. E cedo sentiu que urinar na cama era algo que causava particular fúria. Assim, sempre que a dona começava a dar mais atenção ao namorado, o cão atraía as atenções sobre si. A dona não só deixava de estar com o namorado como já não podia usar os lençóis.
Carla Peralta treina cães-de- -água no Algarve e contou ao DN como um cão pode "dar a volta" ao dono. "É tudo uma questão de dominância, eles ganham ascendente sobre a pessoa. Tenho o exemplo de uma senhora que não conseguia impor autoridade e a cadela fazia dela o que queria. A dona dizia uma coisa e o animal fazia outra." Talvez este fosse o caso de um cão demasiado inteligente.
PEDRO VILELA MARQUES DN Ciência
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1330467&seccao=Biosfera